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História

A cidade de Anicuns distante 78 km de Goiânia comemorou no último dia 07 de junho 101 anos de emancipação política. Localizada no Centro Oeste brasileiro, com pouco mais de 20 mil habitantes, conforme o ultimo Censo do IBGE, Anicuns teve inicio no século XVIII, no ano de 1749, quando o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva Filho, o “Anhanguera”, estabeleceu um ponto de apoio de tropeiros e boiadeiros que passavam em direção à cidade de Goiás. Ao encontrar no local a tribo Guanicuns, pertencente à nação Tapajós, reparou que esses índios se enfeitavam com colares feitos com pepitas de ouro, interessado pela riqueza local, Bartolomeu com a ajuda da índia Damiana da Cunha, catequizou os índios e iniciou a exploração do metal precioso, encontrado em abundancia e de fácil extração. Entretanto, a exploração deste ouro teve inicio em grande escala entre os anos de 1894 a 1809 e a cessação não foi pelo esgotamento da mina, mas pelas dificuldades encontradas devido à profundidade do veio nas camadas mais intimas do solo. A falta de maquinário adequado foi decisiva no declínio e paralisarão do garimpo.

O misticismo dos moradores que acreditavam na lenda do Boi de Ouro também contribui por muito tempo o processo produtivo desta antiga mina, que deu origem a cidade de Anicuns. De acordo com a crença popular, no fundo da mina havia um boi de ouro enorme e diversas pessoas afirmaram ter visto e apalpado seus agigantados cornos, pois o animal de ouro estava atolado na lama do fundo da mina. O nome Anicuns, um dos mais interessantes topônimos goianos, surgiu da tribo indígena Guanicuns, que por sua vez, teve denominação dos pássaros Guanicuns da pré-história, que se destacavam pelo seu grande porte, peso e comprimento das suas asas.

O distrito de Anicuns foi criado pela Resolução Provincial n° 2, de 7 de junho 1841. E município pela Lei Estadual n° 388, de 7 de junho de 1911. Nestes anos de emancipação a cidade passou por várias transformações, tanto na parte econômica como social e política, o município hoje não sobrevive mais das riquezas do ouro, mas da pecuária, comercio, agricultura e da produção de álcool e açúcar. O comportamento social se divide entre católicos e evangélicos com suas crenças e costumes diversificados, com a fé e a devoção em São Francisco de Assis, padroeiro da cidade, comemorado em 4 de outubro com procissão e desfile dos tradicionais carros de bois.